Volta e meia me surpreendo discutindo com meu irmão ou com amigos MSNísticos sobre os “bons tempos” que deixamos pra trás. Tempos em que não precisávamos pagar contas, ou impostos, ou parcela do carro, ou aluguel, nem tínhamos que ocupar nossa mente com a aflição de decidir uma carreira ou se preocupar patologicamente em se tornar bastante bem sucedido pra que bata aquela característico arrependimento sua ex-namorada cada vez que ela se atrever a visitar seu perfil no Facebook.
Como sinto saudade daqueles tempo quando nossas únicas preocupações eram achar uma revista com cheat codes pra Duke Nukem 3D e chegar em casa a tempo de assistir o finzinho do band kids com a kira (pra quem estudava de tarde, como eu)!
Minha mãe não mentiu pra mim – a infância realmente acaba quando menos se espera. Quando eu era mais novo, ela vivia me alertando a respeito de aproveitar bastante a infância. Assim como pilhas AAA, meias sociais e o telefone daquela garota da faculdade que te dá o maior mole, a sua infância desaparece quando você mais precisa dela.
Eu não prestei muita atenção no que minha mãe dizia porque eu estava ocupado aproveitando a minha infância, mas a mensagem tem seu valor de qualquer forma.
Você aí, leitor de dezesseis anos de idade, sem dinheiro, possivelmente virgem, e absolutamente desesperado com a certeza de que não passará no vestibular numa faculdade federal e que apanhará em casa quando chegar no dia seguinte tentando convencer os pais que cursar uma faculdade particular é uma idéia melhor — estou falando contigo. Olhe em sua volta.
Essa casa confortável em que você mora? O dia chegará em que esse conforto te custará esforço e dinheiro, e o estado de conservação e organização dela ficará por sua conta. Sua comidinha sempre posta na mesa no momento que o relógio da sala bate o meio dia? Bem, espero que você goste de nissin miojo, porque é isso que você comerá por alguns meses quando sair de casa pra tocar a vida por conta própria. Essa internet que você se acostumou a usar com uma frequência diária que a “minha geração” (discadona 56kbps na veia) só podia sonhar a respeito? Ela não é grátis.
Aproveite enquanto dá, porque esse free ride vai acabar um dia. Confie em mim.
Eu tenho muita saudade de ser criança, puta que pariu. Mas isso não significa que as lembranças dos tempos dourados estão eternamente relegadas ao pretérito perfeito. Pelo contrário: é justamente essa choradeira papo-de-velho que faz as experiências infantis parecerem muito mais gloriosas do que realmente eram. E por causa disso irei neste texto relembrar relíquias do passado que alguns de nós compartilhamos, e alguns de vocês jamais terão o excelentíssimo prazer de não apenas ganhar de Natal, mas de trazê-lo pra escola (sob risco de confiscamento por professores fascistas) pra provocar admiração e inveja nos amiguinhos escolares.
Acompanhem-me por mais essa viagem pela minha incrivelmente desinteressante infância!
Pense Bem
A PromessaEducar crianças na emergente “rodovia digital” que aparecia no horizonte e acostuma-las a lidar com esses tais de computadores.
A Realidade
Era essencialmente uma calculadora com botões coloridos, num formato que vagamente lembra um computador. “Mais que um brinquedo, quase um computador!” Quem não lembra desse safadíssimo slogan? Eu certamente lembro, porque foi ele que me levou a atormentar meus pais diariamente por três ou quatro meses até que eles decidissem que a única forma de me silenciar seria comprar essa merda pra mim no próximo Natal.
O que era o Pense Bem? O Pense Bem era um brinquedo eletrônico fabricado pela Tec Toy no começo dos anos 90. Apesar da propaganda evidentemente enganosa, o Pense Bem era exatamente o que alegava não ser (um brinquedo), e estava muitíssimo longe de ser aquilo com o qual eles o comparavam (um computador). O Pense Bem era um computador na mesma proporção que um relógio de pulso é um computador.
Talvez “Pense Bem, O COMPUTADOR DE BRINQUEDO” fosse uma chamada mais comercialmente honesta, mas perdia totalmente o apelo semi-tecnológico tão característico dos anos 90. Em outras palavras, a única coisa que o Pense Bem tinha em semelhança com um computador é que ambos são escritos com auxílio da letra M.
Além de primitivas funções musicais que me permitiam reproduzir 20% da música tema de Jurassic Park para o fictício deleite de meus pais, o “computador” tinha algumas atividades matemáticas (o aparelho jogava uma adição/soma/divisão/subtração com um dos fatores como incógnita, e você tinha que descobrir a resposta. O outro joguinho era essencialmente um “descubra a média aritmética entre estes dois números!”), um joguinho de memória no estilo Simon Says, e alguns outros badulaques que se perderam na minha memória.
Um das brincadeiras mais interessantes do troço eram os livros de atividades. Livrarias e lojas de brinquedos na época vendiam livros com perguntas sobre os mais variados assuntos; ao digitar um código de 4 dígitos que aparecia na contra-capa do livro, você podia então usar o Pense Bem pra responder as múltiplas escolhas de cada pergunta.
Eu tinha vários livros com personagens da Disney, livros sobre Astronomia, Biologia, e um bizarríssimo “Livro Pense Bem Plebiscito”, talvez produzido na esperança de educar a molecada sobre aquele plebiscito de 1993. Ganha três reais quem adivinhar qual era o meu livro menos favorito, que eu eventualmente acabei trocando na escola por algum boneco qualquer dos Comandos em Ação.
Apesar de obviamente não atingir as expectativas criadas pelas propagandas enganosas, a posse do meu Pense Bem me proporcionou popularidade jamais antes vista na escola — até o momento que meus amiguinhos perceberam que a parada era simplesmente uma calculadora com botões coloridos e LCD vermelho, e deixaram de dar atenção ao meu brinquedo. Isso é o que devem chamar de “quinze minutos de fama”, apesar de que no meu caso ficaram faltando os outros catorze.
Que fim levou?
Eu me lembro como se fosse ontem — eu havia passado o dia inteiro provocando meu irmão de maneiras juvenis e bastante engraçadas pra todo mundo exceto pra ele. O moleque se emputeceu de vez, catou o primeiro objeto que viu pela frente (um sapato) e arremessou-o e minhas direção com motivação homicida. Meus refletos apurados me permitiram desviar do projétil de uma forma que seria plagiada anos mais tarde no longa-metragem Matrix.
Escapei do atentado, mas o objeto inanimado que estava bem atrás de mim não teve tanta sorte. O sapato acertou meu Pense Bem em cheio, destruindo a tela do aparelho. Liguei o bicho pra testa-lo e percebi que a tela ainda estava de boa, era só o plástico que a cobria que rachou no meio. Menos mal (ou não).
ISOPORITOS
A Promessa“É a mesma coisa que XÍTOS, meu filho. Só que é mais barato!” dizia minha querida vovó. E eu sei que não é brinquero, mas eu deixei tanto resíduo de Isoporitos nos meus brinquedos que ele se torna um brinquedo
honorário.
A Realidade
Ela estava certa. Isoporitos tinha o mesmo sabor que Cheetos. Isso é, num mundo alternativo em que Cheetos era fabricado inteiramente com isopor e cola escolar.
“Que demônios é Isoporitos?”, você está perguntando a si mesmo retoricamente. Bem, meu amigo, eu compreendo sua ignorância. Duvido muito que alguém que tenha vivido fora do glorioso bairro São José durante toda sua vida tenha a menor chance de entrar em contato com Isoporitos.
E você não sabe o que estava perdendo.Isoporitos era um salgadinho comumente vendido nas mercearias nos arredores da área onde minha avó morava. Pra você ter uma idéia da natureza underground da parada, Isoporitos era vendido em sacos plásticos transparentes selados com nada mais nada menos que ligas elásticas do tipo que alguém usa pra projetar um pedaço de papel contra a orelha de um amiguinho.
Não havia nenhum tipo de informação na embalagem — não tinha nome, nem logotipo da empresa fabricante, peso, valor nutricional (AHAHAHAH até parece), absolutamente nada. Aliás, a própria alcunha do produto era essencialmente folclore regional, passado de boca a boca, já que não havia na embalagem nada que sequer sugerisse que a pessoa que o produziu se preocupou em dar um nome à criação. Tudo sugeria que o tal do salgadinho era fabricado caseiramente em algum muquifo do bairro, utilizando todos os métodos clandestinos possíveis.
E se o sabor da parada oferece alguma pista, é que os Isoporitos eram fabricados por complexos processos alquimísticos que transformavam isopor, papelão e corante amarelo em um item alimentício que poucas pessoas nesse planeta tiveram a honra de experimentar. Ainda não está convencido da undergroundzice da parada? Mencionei que o salgadinho custava DEZ CENTAVOS? Bom, agora mencionei.
Ir à casa da minha vó e não comer Isoporitos como lanche vespertino era como ir a Paris e não tirar uma foto na frente da Torre Eiffel usando uma camisa da seleção e em seguida uploadear no Facebook com uma legenda que lê “EU EM PARIS, SOH PRA KEM PODE”.
Que fim levou?
Assim como todos as outras porcarias alimentícias que eu ingeria impunemente quando moleque, os Isoporitos que eu consumia avidamente enquanto assistia Chaves sentado na sala da casa da vovó se manifestaram na forma de um dos mais poderosos casos de caganeira em toda a história humana registrada. Se bem que, por dez centavos, até que valia a pena. Sem contar no valor agregado da possibilidade de não dar descarga e surpreender o próximo visitante do banheiro com fezes amarelas.
Ferrorama
A promessa
Realize seu grande sonho — seja um engenheiro ferroviário, caso você seja uma criança estranha. Baterias não incluídas.
A realidade
Nesse caso não houve decepção alguma: o Ferrorama era exatamente o que se propunha a ser, supondo que a palavra “propunha” exista na língua portuguesa, porque eu sinceramente não lembro dessa palavra e estou com uma ligeira sensação de que acabei de inventa-la.
O Ferrorama foi apenas um em uma longa série de brinquedos que meu pai queria muito obter, mas disfarçava como presente pra mim e pro meu irmão na esperança de não ouvir reclamações da minha mãe.
Meu pai, que nunca vai deixar de ser uma criança no que diz respeito a brinquedos, nem mesmo esperava um evento de costumeira troca de presentes pra aparecer com algum pacote debaixo do braço. Ou seja, nem meu aniversário era — eu chego em casa e lá estava ele sentado na sala, montando os trilhos do brinquedo e com um sorrisão na cara. “Pra você ó, sua peste”, disse ele enquanto mal tirava os olhos da parada, todo animado com o prospecto de sua ferroviária em miniatura.
Quando ele finalmente cansava de brincar com a parada e ia fazer algo mais proveitoso, eu e meu irmão tomavam o lugar dele. Livros viravam suporte pra pontes. Travesseiros viravam túneis. As grossas colunas de madeira que sustentavam a mesa de jantar da sala viraram enigmáticos cânions, perigosamente estreitos, do alto dos quais um solitário tusken raider caça droids pra revender pro mercado negro dos jawas.
Não havia limites pra imaginação — lembro que um dia joguei um ônibus de brinquedo no meio dos trilhos e impiedosamente atropelei-o com a locomotiva, a fim de emular aquela cena de O Fugitivo, que estava em cartaz na época e cuja cena de destruição ferroviária featuring Harrison Ford e um gordo aleatório atiçaram minha imaginação infantil.
(Uma de minhas taras infantis era usar meus brinquedos pra reproduzir cenas de filmes, chegando até a deitar no chão e fechar um dos olhos, pra simular o ângulo da câmera na tomada e tudo)
Vou deixar uma coisa clara aqui. “Brincar com Ferrorama” é uma expressão que não faz muito sentido. Você montava o trilho, ligava o trem, e pronto. Acabava aí a sua interação com o brinquedo. Seu primo Autorama ao menos era controlado diretamente pelos pirralhos com o controlinho na mão, dava pra apostar corrida e tudo.
Já o Ferrorama por outro lado era totalmente automático. Você sentava e assistia o trenzinho atravessar o percurso dele por horas até as pilhas acabarem ou sua mãe descobrir que você não apenas não arrumou o quarto como era condição de brincar com o Ferrorama, mas ainda roubou pilhas de outros eletrodomésticos pra liga-lo.
Apesar disso, a parada era inexplicavelmente viciante e divertida.
Que fim levou?
Quem teve Ferrorama lembra que aquelas pecinhas nas extremidades de cada trilho que permitiam a conexão entre os mesmos quebravam com muita facilidade. Some isso ao fato de que graças às nossas inúmeras mudanças, a caixa do brinquedo foi perdida e tivemos que guardar os trilhos dentro de um imenso saco plástico que era frequentemente derrubado no chão ou pisoteado em momentos de desatenção.
O resultado dessa infeliz mistura é que nossos trilhos não se conectavam mais com muita firmeza, impossibilitando que eu revisitasse outras cenas cinematográficas clássicas de desastres de trens.
Walkie talkies
A promessaA mágica da telecomunicação a seu alcance! Agora você pode coordenar à distância suas estratégias de
apertar campainhas dos vizinhos e sair correndo!
A realidade
Para os que não sabem eu moro no Paraná, e como cumprimento de alguma lei estadual paranaense meus pais iam anualmente ao Paraguai comprar nossos presentes de Natal.
Em dezembro de 1999 havia uma única caixa embaixo da nossa árvore, e meus pais me avisaram que o presente “era pra nós dois”. Eu e meu irmão nos entreolhamos desconfiadamente. Essa estratégia de “o presente é pros dois” é um dos truques mais velhos do livro de truques de pais mãos-de-vaca.
Dessa vez ao menos o presente podia ser razoavelmente dividido pros dois, já que se tratava de um par de walkie talkies.
Como manda o roteiro de brinquedos chineses vendidos no Paraguai, nossos comunicadores portáteis pessoais eram de baixíssima qualidade. O auto-falante tornava nossas vozes praticamente irreconhecíveis, e a péssima recepção só viabilizava a brincadeira se estivéssemos praticamente um ao lado do outro.
Ou seja, era essencialmente o mesmo que usar duas latas e um pedaço de linha de costura, porém pior.
Mas isso não nos impediu de imitar as melhores cenas de nossos filmes infantis favoritos, em que os protagonistas juvenis utilizam walkie talkies pra desenrolar algum plano elaborado contra adultos ou coisas parecidas. Infelizmente a única coisa que sabíamos fazer na época em matéria de traquinagem em grupo era tocar campainhas e sair correndo. Adicionamos os inteiramente dispensáveis walkie talkies na brincadeira e tudo parecia mais legítimo e profissional.
Pior que eu não sabia nem utilizar a parada direito, a despeito da simplicidade do brinquedo. Como em todo walkie talkie, os nossos tinham botões pra se comunicar em código morse, o que é mais ou menos uma admissão do fabricante de que ninguém poderia usar o brinquedo de forma satisfatória usando a própria voz.
Acontece que eu não tinha a menor idéia do que era código morse e achava que a função servia pra irritar o seu interlocutor, já que ele cortava a fala dele no meio. Só descobri o que era o código anos depois, após ler o Manual do Escoteiro Mirim de um primo.
Mas aí já era tarde demais, porque…
Que fim levaram?
…no ano seguinte, um vizinho me fez o favor de destruir meu walkie talkie. Sem motivo aparente, o garoto girou o botão de volume até a última casa e além. Quando ouvi o característico “plec” que indica plástico quebrando e notei que o botão girava livremente na mão do moleque, sem a familiar resistência provocada por travas mecânicas dentro do aparelho.
Só o libertei de uma firme chave de braço mediante à promessa de que ele explicaria a situação pra mãe dele e me presentearia com um novo walkie talkie, se possível dentro de 24 horas.
O moleque nunca mais falou comigo, e por muita infelicidade se mudou do bairro pouco tempo após esse incidente. Se seu nome é Marcel e você morava na Rua H no bairro São José 2 e estudou na escola municipal, VOCÊ ME DEVE UM WALKIE TALKIE PORRA. Dois aliás, porque a destruição de um tornou o outro inútil.
Isso porque eu estou sendo gente boa. Se eu fosse ajustar a inflação e os juros de todos esses anos, essencialmente você me deveria uma Ferrari.
Hoje, na era da telecomunicação instantânea em aparelhos portáteis, acho que walkie talkies perderam totalmente seu appeal.
Armatron
A promessaUm braço robótico mais ou menos portátil controlado por você. Essencialmente, o Santo Graal dos brinquedos nerd dos anos 80/90.
A realidade
O Armatron é essencialmente o motivo pelo qual eu sempre perdoarei meus pais por suas inúmeras falhas como progenitores. Tenho certeza absoluta que meu pai comprou o brinquedo pra si mesmo, mas já que isso resultou no privilégio de ser um dos poucos moleque que sequer chegaram a ter contato com a parada, considerarei como se tivesse sido um presente pra mim mesmo assim.
Produzido pela americana (e extinta) Radio Shack, o Armatron era na verdade um jogo. Tá vendo aquela caixinha plástica ali, com as bolas azuis e tal? Então. O objetivo da parada era abrir a caixa, remover os itens de dentro dela, posiciona-los numa outra base plástica, e fechar a caixa. Tudo cronometrado pelo timer mecânico do braço robótico.
Tá vendo aqueles quadradinhos alaranjados na frente dos controles analógicos que moviam o bicho? Então, usando um disquinho plástico você setava um número qualquer de quadradinhos, que funcionavam como um contador. A cada minuto um quadradinho ia embora, e quando o último quadradinho se passasse, o Armatron se desligava.
Assim, você decidia o nível de dificuldade da brincadeira. O que era muito legal pra impressionar os amiguinhos que se matavam pra completar a tarefa no tempo máximo permitido, enquanto você os empurrava pro lado e completava tudo em menos de um minuto. Um precursor do que, anos mais tarde, veio a se tornar minha forma favorita de jogar Pump it Up/Guitar Hero/Rock Band — se exibindo pros amigos com menos coordenação motora.
Pra ser ainda MAIS filho da puta, eu às vezes tirava dos controles o adesivo que explicava como operar o braço robótico, deixando meus amigos ainda MAIS na merda.
Como regra obrigatória que rege brinquedos, gambiarras e badulaques em geral, as pequenas pecinhas adicionais que compunham o aspecto de jogo foram perdidas em pouco tempo. Não que isso fosse um grande problema, porque o simples ato de controlar o Armatron era divertidíssimo.
Se você não teve a oportunidade de receber um Armatron de presente durante sua infância, isso significa que seus pais não te amam e/ou que você foi o resultado de uma gravidez acidental.
Uma das coisas mais curiosas sobre o Armatron é que ele era quase inteiramente mecânico. Havia um único motor na base, e ao usar os controles você ativava e desativava engrenagens que transmitiam os movimentos ao longo do braço. Como resultado disso, ele fazia um barulho do caralho:
Acabamos presenteando um primo meu de minas que eu não lembro muito bem o porque (esse foi um dos dias mais tristes da minha vida).
Essas foram algumas das coisas que marcaram meus anos juvenis. O que te causa mais saudade a respeito da sua infância perdida? Os comentários tão aí pra isso.


